Alberto Contador (Saxo Tinkoff) é um dos cinco ciclistas que já venceu as três Grandes Voltas. E dos que estão em atividade, o único bicampeão do Tour de France (2007 e 2009). Com isso, seria natural esperarmos que ele fosse o maior favorito à competição que começa neste sábado. Mas não é isso o que acontecerá. Com desempenhos apenas regulares no ano, o espanhol inicia o Tour à sombra do favorito Chris Froome (Sky). Fato que parece não incomodá-lo.
"Froome está forte o ano todo. Mas se eu achasse que não poderia ganhar não teria vontade de vir para cá", declarou o ciclista em uma coletiva de imprensa em Córsega, local da largada do Tour.
Será o retorno de Contador à competição após uma suspensão por doping, em 2012, que lhe custou o título de 2010. Desde então, conquistou a Vuelta a España do ano passado, mas passou em branco em 2013, conquistando apenas uma vitória, no Tour de San Luis (Argentina).
Em comparação ao favorito Chris Froome, Contador leva desvantagem em praticamente tudo. O britânico acumula menos dias competindo (31 x 38) e quilômetros pedalados (4412,1 x 5808,3). E enquanto Contador não conquistou títulos, Froome venceu o Tour de Omã, o Critérium International, o Tour de Romandie e o Critérium du Dauphiné. A seu favor, o fato do britânico nunca ter vencido uma Grande Volta.
"Comparado à última vez que estive no Tour (2011), começo com uma sensação de maior descanso, muito, muito motivado, com o percurso conhecido mais a fundo e uma equipe mais forte", contou em entrevista ao "The Independent".
Outro ponto que pode ajudar Contador serão as etapas de contrarrelógio, mais curtas em comparação a 2012 (33km, dia 10 de julho, e 32km, dia 17 de julho). No Critérium du Dauphiné, perdeu 2min30s para Chris Froome em um CRI de 32,5 km.
"Se pode perder o Tour em um dia qualquer. Sabemos disso, e a primeira semana é muito perigosa, muito tensa, mas as possibilidade de ganhar se concentram na última semana, em especial no contrarrelógio".
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