A bicicleta não é a salvação para o trânsito de Vitória, mas com certeza iria melhorar muito a mobilidade na região.
Um pavoroso engarrafamento fez o artista plástico Filipe Borba prometer a si mesmo: a partir de amanhã, trabalho, só de bike. Era 2007, ele morava em Vitória, trabalhava em Carapina (Serra) e pedalar para o trampo ainda era um estorvo. Mas não se furtou promessa. "Após a primeira experiência gostei muito e adotei a bicicleta para ir ao trabalho todos os dias".
A bicicleta não é a salvação de Vitória. Mas a salvação também da suas pedaladas. As eleições deste ano são simbólicas para o tema. Nas principais cidades do país, qualquer candidato tem na ponta da língua uma proposta para o tema. Se os novos prefeitos suplantarem a distância entre a boa vontade e a ação efetiva, nosso paradigma cicloviário dará um grande salto.
Atente-se para os números do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Em julho de 2010, Vitória tinha 158.453 veículos, no ano seguinte eram 167.197 veículos. Em julho de 2012, o Denatran registrou uma frota de 174.674 mil veículos.
Em dois anos, as vias de Vitória receberam mais de 16 mil veículos. Por mera curiosidade, dez anos atrás (2002) em Vitória a frota de veículos eram de 97.613. Nessa ritmo não há cidade que aguente. A melhor proposta para o nosso trânsito sem dúvida é o incentivo do uso da bicicleta como meio de transporte saudável e sustentável.
A bicicleta transcende diante desse caos as atividades que tradicionalmente estão relacionadas a ela - esporte, lazer, meio de transporte de trabalhadores de baixa renda - agora ela tem que ser tratada com alternativa para solucionar os problemas no trânsito.
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