quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Pedalando com segurança

Andar de bicicleta não é tarefa simples. Muitas vezes envolve superar diversos obstáculos e dificuldades, visíveis ou não, tanto para os ciclistas/pedestres quanto para os motoristas dos mais variados veículos (carros, motos, ônibus, caminhões etc.).

Insegurança, medo, falta de paciência e controle sobre a própria bike. Tudo isso pode influenciar no seu pedal entre os centros urbanos – de grande, média ou pequena proporção. É preciso, entretanto, saber que há possibilidade de controlar toda essa situação, conquistando assim seu espaço e mobilidade entre pedestres e veículos.

O ciclista Arturo Alcorta, do site Escola de Bicicletas, conversou com o Prólogo e falou sobre a relação bike/trânsito, procurando explicar o porquê dos problemas entre ciclistas e motoristas nas metrópoles.

O principal apontamento para as dificuldades é o fator insegurança. “A culpa não é do motorista, mas sim do ciclista. Muitas vezes ele não sabe como agir no trânsito, o que ocasiona fatalidades”, disse. “De acordo com dados europeus, 55% dos acidentes são responsabilidade direta do ciclista. Isso é algo comprovado.”

“O ciclista pensa como o motorista. Não sabe sinalizar, fica nervoso e estressado. E, por fim, vai agir com imprudência”, emendou.

Histórico de acidentes nas grandes capitais, como é o caso de São Paulo, também influência na insegurança e medo por parte do amante do pedal. “Infelizmente acontecem tragédias, mas são fatos isolados. A mídia divulga tanto essas notícias, que influencia psicologicamente a pessoa.”

É preciso estar consciente que para praticar o pedal é necessário buscar a bike ideal. A utilização de equipamentos inapropriados também favorece e aumenta a probabilidade de acidentes. Utilizar bikes que facilitem a visão do ciclista é primordial, além de utilizar outros recursos como:

- Refletor nas rodas
- Lanterna traseira
- Farol dianteiro
- Refletor nos capacetes

Por fim, outra observação de Alcorta é o comportamento sobre a bicicleta. Para ele, ter consciência que a utilização de ciclofaixas é para o passeio e não competição é válida. “As pessoas têm a triste mania de imprimir ritmo forte, exagerar. Essas bicicletas são para obter reações tranquilas e previsíveis, não para competição. Isso também proporciona acidentes.”

No Brasil, existem cerca de 60 milhões de bicicletas que circulam diariamente em território nacioanal. O primeiro passo em dar preferência às “magrelas” já está sendo executado. Basta agora a consciência de como utilizá-las, beneficiando não apenas a si, mas aos demais.

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